Seguindo com as nossas postagens da Semana Mundial do Brincar, hoje viemos trazer um acervo de textos e referências sobre a terapia ocupacional e o brincar. Na postagem anterior já falamos um pouco sobre a SMB e deixamos alguns links com as programações e guias referentes a este ano. Se ainda não viu clique aqui para conferir,
Quando a criança não brinca, nós temos um problema,
Assim como quando ela se recusa a comer ou dormir.
(Hartley e Goldenson, 1963)
O Brincar sob a perspectiva da Terapia Ocupacional
A Terapia Ocupacional, enquanto “profissão que habilita pessoas a se engajarem nos papéis, tarefas e atividades que têm um significado para as mesmas no seu dia a dia e que definem suas vidas” (Trombly, 1992) ou que facilita o engajamento das pessoas em suas ocupações dando suporte à participação dos indivíduos no contexto em que vivem, entende o brincar enquanto atividade predominante na infância, apresentando-o desde o surgimento da profissão, como tema de interesse e foco de intervenção de muitos destes profissionais.
Mais recentemente, nesta última década, tem-se o brincar reconhecido como área de desempenho ocupacional e desta forma como um dos focos de intervençãoem Terapia Ocupacional. Aponta-se uma evolução no sentido de compreeender o brincar enquanto papel ocupacional, o que significa dizer que este passa a ser considerado em seu significado interno e social para a criança, aqui pensado enquanto “brincante”.
Consideramos portanto, que no brincar “a criança envolve-se com a mesma atitude e energia que nos engajamos em nosso trabalho. Brincar é uma incumbência séria que não deve ser confundido com diversão ou uso ocioso do tempo, não é leviandade, é uma atividade intencional” (Alessandrini, 1949).
É neste sentido que o brincar marca a prática terapêutica ocupacional, podendo estar presente como recurso terapêutico ou papel ocupacional do sujeito de atenção, assim, atividade meio (para aquisição de habilidades requeridas) ou atividade fim (sendo foco o desempenho independente e funcional no brincar).
Texto completo: Carolina Raquel Rabitto, terapeuta ocupacional.
Para quem quer saber mais sobre a atuação da terapia ocupacional e o brincar, abaixo estão alguns textos (que já estão na nossa biblioteca) lidos e discutidos pelos alunos de terapia ocupacional da Unifesp, no módulo ART III Atividades Lúdicas e Lazer, com a Profª Drª Andrea Jurdi.
- A brincadeira e seu papel no desenvolvimento psíquico da criança
- A Cultura do Brincar e a socialização infantil
- A evolução do brincar
- A utilização do brincar nas práticas de terapeutas ocupacionais da Baixada Santista
- Brincadeira e desenvolvimento infantil
- O Brincar – Aspectos teóricos
- O Espaço Lúdico Terapêutico e as experimentações com adolescentes
- O lúdico e o atendimento da criança com deficiência
- O modelo lúdico: uma nova visão do brincar para a terapia ocupacional
- O papel do brincar na cultura contemporânea
- Para um modelo de brinquedoteca para a América Latina
- Terapia Ocupacional e Propostas na rede pública de ensino
- Uma leitura de Vygotsky sobre o brincar na aprendizagem e no desenvolvimento infantil
Veja também:
- Artigo 31 da convenção dos Direitos da Criança – O desenvolvimento infantil e o direito de brincar.
- DOWNLOAD! – Livro Brinquedos e Brincadeiras Inclusivos – Andrea Rossetini
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